sexta-feira, 27 de maio de 2011



"Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber"."













Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade. Saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra umasaudade que ninguém sabe como deter





quinta-feira, 26 de maio de 2011




E eu espero PROFUNDAMENTE que tudo isso tenha acabado, que a nossa história tenha ficado no passado, e que meu coração já não siga mais pelo caminho errado. Quero te ver e me sentir normal, não quero reparar em você como alguém diferente, e sim como APENAS UM GAROTO COMUM. Não é justo..... Não é justo que eu desperdice todo esse tempo em que estive confinada, voltando a gostar de você. Não é justo que seu olhar me desconcerte... Não é justo que ser beijo me enlouqueça... Não é justo que seu toque me arrepie.... NÃO É JUSTO que eu caia na mesma armadilha, OUTRA VEZ !





"Apenas Ignore. Veneno só faz mal se vc engolir! "




terça-feira, 24 de maio de 2011





Se eu demorar, me espera, se eu te enrolar, me empurra. Se eu te entregar, aceita. Se eu sussurrar, escuta. Se eu balançar, segura. Se eu gaguejar, me entende. Se eu duvidar, me jura. Se eu for só tua, me tenha. Se eu me mostrar, me veja. Se eu te amar, me sente. Se eu te tocar, se assanha. Se eu te olhar, sorria. Se eu te perder, me ganha. Se eu te pedi, me dá. Se eu chorar, me anima,

mas se eu sorrir.. é por você.





segunda-feira, 23 de maio de 2011


         



 ☆  Existem momentos na vida que é necessário excluir pessoas, apagar lembranças, jogar fora o que machuca, abandonar o que nos faz mal, se libertar de coisas que nos prendem, olhar para frente e enxergar a imensidão de caminhos ao nosso redor, ao invés de insistir sempre no mesmo erro e na mesma dor. Aprenda a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem também gosta de você! Não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem o seu respeito.
Quanto ao resto, bom.. ninguém nunca precisou de restos para ser feliz. :)







quinta-feira, 19 de maio de 2011



" ...Algum dia nós saberemos por quê eu não fui destinada pra você..."






Ao longo da minha vida sempre fui muito introspectiva, mais do que qualquer pessoa que me conhece poderia imaginar, e como tal, ao pensar na minha vida até ao momento, estive a recordar-me quando era bem pequenina e de querer ser adulta, sempre quis fazer parte do mundo dos “grandes”, fazer as minhas próprias coisas, tomar as minhas decisões, fazer as minhas escolhas. Sempre fui muito rebelde (embora uma rebelde controlada), nunca percebi muito bem a importância de pedir autorização para fazer algo que eu considerava importante fazer, para chegar mais tarde, para ir a uma festa de anos, ou para comprar algo. É claro que reconheço a importância de uma parentalidade presente e com regras, mas sempre me senti demasiado adulta para me colocarem certas barreiras.

Sempre tive uma ânsia enorme de viver, de aproveitar o momento. Uma festa perdida, um encontro que me passasse ao lado era visto como estando a perder anos de vida por não usufruir de experiências relevantes. Esta característica mantém-se até aos dias de hoje, preciso de ter entusiasmo diário em tudo o que faço, o que por vezes me torna um bocadinho maníaca aos olhos alheios. Olhos esses que também me admiram por não sucumbir às amarguras típicas da vida adulta.

E se por um lado parecia revoltar-me contra as figuras de autoridade, por querer liberdade de decisão, por outro sempre fui muito certinha. Namorei pouco (não, não é um apelo desesperado, esqueçam as propostas indecentes), nunca bebi nem fumei. Nunca me droguei nem andei com más companhias, e sempre soube bem o que queria e não me recordo de ter grandes dramas existenciais sobre o caminho a seguir.

E ao longo destes anos todos aprendi algumas coisas. Aprendi que o dia de amanhã nos ajuda a relativizar o dia de hoje, que nada é tão dramático como parece, que nos habituamos a tudo de bom e de mau que nos aconteça, que conseguimos mais do que inicialmente julgamos, que há dias tão bons, mas tão bons que justificam que andemos por cá a fazer qualquer outra coisa de menos útil e de menor satisfação pessoal nos dias menos bons. Que ter mais ou menos dinheiro não te muda como pessoa, a pessoa que és é uma constante, e que também não interessa com quem estejas ou onde quer que estejas, não vai alterar a tua essência. Que todos fazemos coisas de que nos arrependemos amargamente, mas cuja gravidade vai sendo minimizada pelo passar dos anos. Que não há férias tão boas como as de criança. Que tenho muita sorte na vida, quando dou por mim entram pessoas maravilhosas nela que, na generalidade, se dedicam muito mais a mim do que eu a elas. Que adoro ter a minha casa porque no fundo adoro mandar e desmandar.

Aprendi que posso ser quem quero ser e mudar o que quiser mudar em mim. Que tenho talento e que consigo ser bem sucedida no que quer que faça. Que as pessoas que entram na nossa vida vão sempre ensinar-nos coisas muito importantes. Que não me vejo a fazer mudanças drásticas na minha vida, sou pouco corajosa e pouco aventureira mesmo quando o risco é aparentemente pequeno. Que sou muito divertida e que adoro uma boa gargalhada. Aprendi que mudamos imenso as nossas prioridades com o tempo. Que sou muito mais lamechas do que pareço e que guardo as pessoas no meu coração, mesmo aquelas que um dia me decepcionaram, apesar de por vezes me recusar a admitir isso. Que me custa imenso achar que falhei, que não fiz a coisa certa ou que desperdicei tempo, lido mal com o fracasso. 

Hoje, ao olhar para trás sinto que de facto aproveitei umas coisas e deixei muitas outras por viver (e continuo a deixar). Mas o que é certo é que me sinto uma pessoa muito tranquila, apaziguada com a vida e com os outros, apesar de todas as mudanças que poderia fazer.







Eu até percebo que o desejo de viver algo que é idealizado como sendo fantástico, seja frustrante. Mas, na minha opinião, toda e qualquer idealização é sempre melhor do que a concretização da mesma.
Ele até parecia ser desenhado para se adaptar na perfeição à nossa forma de ser, parecia ter os requisitos necessários para não falhar absolutamente nada, dando-nos a ideia que nem com a lâmpada do Aladino pediríamos algo que o pudesse mudar.
Até que um dia, o tempo encarrega-se de apagar o entusiasmo que ele nos dava, a fantasia que depositávamos nele e assim, olhamos para trás e até nos conseguimos rir da ânsia que tínhamos para estar com ele. Encontramos um novo amor e damos graças a Deus aquele romance não ter dado certo. Porque o tempo passa, nós mudamos, as nossas prioridades mudam e a forma como encaramos o presente e o passado muda também. E ainda bem que assim é.







“Independente do que você ama, dê um tempo para isso em sua própria vida!”
[Demi]



segunda-feira, 16 de maio de 2011

quarta-feira, 11 de maio de 2011




Agora você me olha como antigamente e me fala que eu quis esquecer, chora e me abraça apertado e quente, e o pensamento voa quando a gente se encontra, tudo acontece em menos de um segundo, uma dor no meu peito e qualquer música que toca me faz chorar. Não, de novo não com esse papo de se ver quando já acabou e depois de um dia, no outro dia eu já nem lembro o mal que você me causou. De novo não, acabou.



terça-feira, 10 de maio de 2011




Por onde você for, me QUEIRA BEM (8)





Quero um alguém IMPERFEITO!



Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém. Assim, sem precisar procurar no meio da multidão. Alguém que me levasse ao cinema e, depois de um filme sem graça, me roubasse gargalhadas. Alguém que segurasse minha mão e tocasse meu coração. Que não me prendesse, não me limitasse, não me mudasse. Alguém que me roubasse um beijo no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me ameaçasse. Que me dissesse que eu canto mal e que eu falo demais e que risse das vezes em que eu fosse desastrado. Alguém que me olhasse nos olhos quando falo, sem me deixar intimidado. Alguém com qualidades e defeitos suportáveis. Que não fosse tão bonita e ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção. Alguém que me encontrasse até quando eu tento desesperadamente me esconder do mundo. Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém imperfeito. Feito pra mim alguem assim do meu perfil !
 


"De tarde eu quero descansar, chegar ate a praia e ver
Se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora..."



sexta-feira, 6 de maio de 2011




O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca, viu?

DDC:





[...]Eu fecho os meus olhos me vem o teu rosto
Teu sorriso meigo a tua voz, o teu gosto
Ah como eu queria poder te abraçar, te tocar
Você inspira poesia
Na hora do almoço, de noite ou de dia
Na fila do banco, no banco da praça
Esqueço do tempo nem noto quem passa
E o tempo não passa
Olhando pra lua na beira do lago
Não vejo a hora de estar do teu lado
Deitar no teu colo poder te acariciar...


e o tempo nao passa...











Você não mudou. Eu mudei. Mudei de planos, mudei de objetivos, mudei de opção. Não quero mais, não me esforço mais, não faço questão. É assim, tem que ser. Eu avisei, demorei um pouco, reconheço (e isso só piora as coisas pra você), mais avisei. A primeira, a última e a única vez. Só você não acreditou. Cansei dos seus pretextos, do seu eterno vai-e-vem. Hoje, vejo você correndo atrás, tentando voltar atrás. Sinceramente, não sinto que você se importe; sinto que você se importe agora, neste momento. Agora já é tempo demais... e passou. Passou tempo demais. Meu sorriso não depende mais da sua presença, nem da espera pelo seu amor. Eu não posso mais te ajudar. Gosto das lembranças, e as vezes me fazem sorrir, mas só isso. Lembro dos desenhos rabiscados no meio de uma aula qualquer, e do jeito que você me olha, parece tentando dizer: ainda estou aqui. Posso até voltar no tempo, mais se qualquer sinal me desperta, volto sem me importar. Você parece ainda carregar a nossa antiga fé, de ser eterno, de ser marcado. Bom, agora tenho novas crenças. É assim. Bem que demorou. Mais hoje é assim. Talvez tenhamos nos encaixado em uma roldana, onde nós dois eramos as travas opostas. Enquanto sua vida girou, eu travei. Fiquei parada, olhando pra trás. Pouco antes de você chegar, destravei, e a minha vida continuou. Dessa vez, de verdade. Você logo se apressou tentando me alcançar e ...ops! Travou você. 
Não que eu queira que seja assim, uma roda, indo e vindo. Mas parece ter sido... ter sido. Já foi e voltou demais. A roda quebrou.








Quando enfim penso que estou me acostumando,que estou te esquecendo,
você ressurge de forma inesperada ocupando todos os espaços :/







(. . .) O que me atormenta é q tudo é 'por enquanto', nada é 'sempre'. (. . .)







(...) Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal (..)







Como se nada mais bastasse, você estava lá. Aquele baque à primeira vista, como amor, também à primeira vista, baques inesperados. Tal destino louco. Aproximação, contato, palavras jogadas fora, tão à toa, tanta enganação da minha parte, da tua parte. Tantas mentiras pra mim mesma, com o meu eu interior tão seguro de si mesmo, fortemente abalado por um cara que era pra ser só “mais um cara”, e não foi. Pareceu tão fácil fazer de conta que o teu cheiro não parecia acido entrando pelas minhas narinas, tão doce e... Tão teu. Pareceu tão fácil fazer de conta que teu toque não era tão macio quanto eu já estava acostumada. Pareceu tão fácil trocar uma, duas ou dez palavras e sorrir como se eu não estivesse chorando, internamente. E pareceu TÃO fácil te ver ir, te ver ir pensando que eu já te esqueci e que tudo está superado da minha parte, que todas as minhas palavras passadas não fazem mais nenhum sentido, que eu não te adoro mais e que tu não me balanças por dentro, pareceu tão fácil não ser eu, ali. Parecia tão fácil, conjugando o verbo no passado.




()

Ás vezes me pergunto se 
Eu viverei sem ter você
Se saberei te esquecer...

=/




E o que era certo eu descobri, nem sempre era o melhor :x






ELA é perfeita cantando. A música é maravilhosa tb!
Quem nunca jogou tudo pra o ar e deixou o tempo curar o "estranho jeito de amar" ?
Lembra mta cooisa booaaa @@'

;*



...Não ter, não ter um perfume que não se esquece...





Amo a  música, é LINDA!

.. é, você "tá" em todos os momentos que eu vivo e que eu DESEJO!"



quinta-feira, 5 de maio de 2011



Aquilo que te machuca, que te deixa triste, que te faz chorar, que acaba com os seu dia perfeito... Aquele que te põe pra baixo, que te faz se sentir pequena para poder se sentir grande, que te magoa, que quebra seu coração... É o que você realmente ama?





Alguém sabe um jeito menos doloroso de esquecer quem  se ama ?





Você já quis abraçar alguém, e não podia? Dói né.






Eu poderia beijar milhares de caras, mas não significaria tanto quanto segurar a sua mão.






Mesmo se eu quisesse deixar de sentir esse carinho por você, eu tenho certeza que seria incapaz. Mesmo se eu quisesse parar de pensar em você, uma parte nunca seria apagada. Essa nossa história é inesquecível.
Isso que eu continuo sentindo não tem explicação. O seu sorriso não desaparece nunca do meu pensamento. E é assim que eu te vejo ainda hoje, como se você nunca tivesse parado de sorrir para mim.
Já faz tanto tempo que não te vejo, já faz muito tempo desde o último abraço. 
O que mais assusta, é que esse tempo passou sem ser percebido. Tudo passou extremamente rápido.
 E quando fui notar, eu já estava longe de mais dos seus braços, longe de mais do seu sorriso. 
E se não fosse para ser assim? E se meu lugar não for esse aqui?
Eu conto os dias até o nosso reencontro. Até o dia em que, finalmente, vou poder dizer que eu senti sua falta, que o tempo curou todas as cicatrizes. E quando eu voltar você vai me abraçar? 
Vai me abraçar e sorrir para mim?







Eu passei muito tempo chorando, me lamentando sobre coisas que eu não podia mudar, perdi muito tempo questionando coisas que jamais vou conseguir entender. Esse tempo podia ter sido usado com coisas proveitosas, perdi a oportunidade de sair com minhas amigas e fazer novas amizades, perdi a oportunidade de melhorar meu jeito de ser e de agir, mas pelo menos para algo isso serviu, serviu para eu me tornar uma pessoa melhor, crescer, dar valor em tudo.
Não sou mais a menina de antigamente, que confiava cegamente, que deixava tudo por conta de outra pessoa; não, agora eu decido tudo por mim mesma e quase nada me faz chorar, se isso é bom? Não sei, eu me tornei uma pessoa mais forte, então creio que seja bom, eu dou mais valor na vida, então creio que isso seja bom, eu dou mais valor a mim mesma, então sim, isso é bom.

"Dizem que o tempo cura todas as feridas, porém algumas feridas deixam cicatrizes, cicatrizes essas que às vezes doem, incomodam, mas que acima de tudo nos faz lembrar de não cometermos os mesmos erros e nos machucarmos novamente."










“De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme, só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: “meu Deus, mas como você me dói de vez em quando…” mas eu te suporto, suporto cada loucura tua, tudo por amor.”






Peguei o costume de pensar em você quando falam de amor.






EU TE ESQUECI, até o momento em que eu te vi novamente.






...É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra.






Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.







E meu maior medo é de ti ligar na madrugada e minha chamada ficar em espera porque você está justamente falando com ela. Aquela que agora tá fazendo você feliz de um jeito que eu nunca soube.

Ana Eliza







Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. A questão é toda essa: fluir. Tão difícil deixar fluir. Mas é o que precisa ser feito agora. Virar barquinho, mesmo. Relaxar e observar o caminho, a paisagem, perceber minha respiração sempre tão junta da respiração do meu pequenino. E assim vamos fluindo, juntos. Correnteza leve, por favor. Que não estamos assim muito prontos pra grandes tormentas. Tá tudo bem na verdade. É só uma questão de se encontrar. Porque as vezes eu me perco e fico me procurando, e não me acho. Mas quem sabe assim, deixando que a água vá me levando, não dá certo, ? Deus dará… - 

Caio Fernando Abreu






“Se não fosse amor, não haveria planos, nem vontades, nem ciúmes, nem coração magoado. Se não fosse amor, não haveria desejo, nem o medo da solidão. Se não fosse amor não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em você. Se não fosse amor eu já teria desistido de nós..”











Quando vem isso, essa angústia, essa falta de eletricidade entre nós, te mando embora. Mas fico impressionada de como você muda na hora de ir. Fica mais bonito, mais comovente, mais engraçado, mais tentador, mais charmoso, mais irresistível. Mas, e daí? Fica. Foi uma crise dessas internas, quando o sentido de tudo sofre um mal súbito. Você sabe, eu procuro o amor romântico. O que vou fazer? Não sei me enganar. Acho que é instinto, algo muito maior que eu. Bastam uns dias sem te ver pra eu já não saber o que fazer com os próximos. Por um fio não pego um banquinho alto e tento me decapitar com a hélice do ventilador de teto. Talvez uma morte ridícula possa animar minha noite. Mas eu não quero morrer, é uma depressão, um cansaço que chega quando o sentido se esconde. São apenas mudanças. Nossas necessidades trocam o tempo todo, hoje carinho, amanhã sexo, depois dinheiro, romance, diversão, solidão, quietude ou merda qualquer. Quando vê a gente se perde. É só tudo perder o sentido e a gente se separa. É só a gente se separar pro sentido voltar. O brabo é toda hora ficar procurando uma nova canção que sirva pra nós. Isso me incomoda.Ontem, eu premeditei seriamente em te dizer "olha, senta aqui, não tá dando mais, acho que vou seguir um caminho diferente e mais fácil, não fala nada não, eu já me decidi". Eu realmente me sinto culpada por pensar assim, às vezes, toda semana. Não sei se você concorda comigo, mas estar junto não é tão ruim assim. Então, fica sempre pra depois. Não vou dizer que é tudo mágico. Mas eu também não quero perder nada. Você vai argumentar com alguém com todos aqueles trejeitos engraçados e quero estar lá pra rir. Vai roçar com a ponta de todos os dedos a barba mal feita no gogó e eu quero estar lá pra implicar. Eu quero protestar quando seus pratos não seguem a receita que achei na internet. Tem sempre um filme na tevê que ainda não passou. Não sei se é apego ou porque minha vontade de saber o que você vai me aprontar amanhã nunca cessa. Tem sempre algo que a gente sonhou fazer juntos e não quer deixar inacabado. Ninguém tira meia fotografia, ninguém viaja até a metade do caminho, não fica bem sair no meio de uma peça de teatro, ninguém telefona por meia pizza. Um trabalho não finalizado não é um trabalho. Vai ter sempre algo. Uma roupa pra buscar, uma festa de aniversário de algum amigo em comum, um truque novo na cama, um episódio de estreia daqueles seriados que você me ensinou gostar, a doença da sua mãe. Essas pequenas coisas. De algo em algo, a gente vai levando. As coisas que acabei de dizer, leve em consideração só até a meia-noite. Eu sempre tento virar a página sem grifar as partes importantes com alguma caneta de cor alarmante. Mesmo num amor de linhas tortas como o nosso, o fim parece um erro, como um ponto final no meio da frase. 







"Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso."






No instante que me iludo, é quando você me esquece. Quando volto à tona, você mergulha nos meus olhos. Se eu te roubo rosas vermelhas, você faz "bem-me-quer". Quando hesito, é quando você já está na estrada.

Se me perco no teu beijo, você fica tentando encontrar um caminho. Quando me encho de receio, você me diz estar pronta. Eu te ponho em xeque-mate, você me diz que cansou de jogar. Quando não quero me machucar, você me telefona no meio da noite.
Eu vejo o sol nascer no mar, você se preocupa em não molhar os pés. Quando eu não durmo, é quando você sonha loucuras sobre nós dois. Quando sinto teu gosto na minha boca, você pede economia nos clichês. Se não quero parecer patético, você se diz um poema apaixonado.

Eu quero parar o tempo, você procura seu relógio embaixo da cama. Quando me escondo, é quando você me quer em cima de você. Se apresso meu passo na sua direção, você engata a marcha ré. Quando reuno meus pedaços, você dá o coração para bater.

Eu deito no seu colo, você se preocupa em fechar a janela. Quando me poupo, é o instante que você se dá de graça. Se ando em alta velocidade, você conta os níqueis pro pedágio. Eu perco as chaves, você insinua mudar pro meu apartamento.

Um amor físico, fatídico, real, raro e patente. Um amor que nasceu, mas nunca viveu. Um amor que aconteceu, mas não foi ocupado. Daquelas comédias românticas que ninguém tem tempo de rir, pois já começa pelo final. Os amores mais bonitos são aqueles que nunca foram usados.



Apego




Ainda não contei de você a ninguém. Acho meio arriscado ou, quem sabe, mera superstição. Eu sei que as pessoas vão me pedir cuidado. Assim me guiei por uma vida toda e foi exatamente isso que hoje me faz uma pessoa contando uma história de amor sem nunca ter protagonizado uma. De um jeito ou de outro, sempre soube que pegar leve era uma forma de me manter todas as minhas metades comigo mesma, até então sem saber pra quê servia isso.

Só pude ver o tamanho do erro no seu sofá-cama, no meio de um beijo estranho. Você engolindo minhas lágrimas bobas, lambendo minhas bochechas nos créditos de "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", que, aliás, a única coisa que entendi do filme é que o amor é uma coisa bem complicada. Você tentou me explicar por partes, e eu me senti menos burra e ridícula, embora com os olhos ainda aguados.

Eles, o mocinho e a mocinha, só queriam se esquecer usando aqueles fios e máquinas. Nunca mais lembrar um do outro. No fim, a gente aprende que tudo pode ser vivido só uma vez. Uma coisa ruim me faz te abraçar forte. Aí eu entendo quando as pessoas dizem que amando a gente abraça o mundo, porque, pelo menos aqui e agora, meu mundo inteiro é você.

Meus pés são a parte de mim que mais tenho vergonha e foi justamente por ali que você começou a fazer amor comigo. Como se iniciar pelo meu pior fosse um jeito de dizer que me aceitava, que me queria de qualquer jeito, azar se desde guria sempre fui a última a ser escolhida, do amor a times de vôlei. Você disse que eu tinha uns pés lindos, mas lindo mesmo fica você quando mente pra mim.

É cedo pra dizer, ou tarde demais pra fugir. Talvez você seja um cachorro-cínico-egoísta apenas sendo gentil-romântico-atencioso só pra me enganar na sua cama. Mas se não for você, será outro qualquer. Melhor que seja você. É nisso que eu penso enquanto você arreda as teia de aranha que fizeram casa no centro das minhas coxas e na minha emoção. Pelo menos assim esqueço que você pode estar julgando as estrias na minha bunda agora mesmo.

Aí goza e sai de mim. Fica brincando com meu mamilo esquerdo, olhando admirado. Se você ficar mais um minuto deitado nu do meu lado, embaixo do edredom, já poderei considerá-lo meu novo recorde. Outros já estariam vestidos me chamando um táxi. Você não, quer mudar tudo. Fala coisas que aos poucos transformam minhas expectativas em certezas. Eu achava que sabia a tradução da palavra saudade. Aí vai você e muda tudo. Vai fazer xixi e volta com coca gelada e mais um pouco de bis branco. Gosto mais do tradicional, mas fui nota dez nas aulas que ensinam a impossibilidade de se ter tudo.

Num instante você me olha apaixonado e depois se vira pra janela ficando um pouco fora do ar. Nessa hora me belisco pra não saber do porquê, sem esquecer do dia você me falou que nem toda pergunta requer uma resposta. Mas então não fica assim, não precisa dizer nada, só não me deixe faltar aqueles abraços silenciosos pra calar a boca de quem me mandou ter calma contigo. Agora que eu me perdi, só preciso de você me dizendo que amanhã ainda vou te achar no mesmo lugar, se eu procurar. Eu te quero, na medida do impossível.

Pega no meu queixo e diz que não sou só eu que sinto medo aqui. Faça alguma coisa ruim, qualquer coisa que me impeça imediatamente de sentir esse amor absurdo por você. Estou nas suas mãos e isso não é uma metáfora. Porque eu já não sei mais nada. Parece que sou mesmo seu foco de vida, mas também pode ser que você ande apenas distraído do resto do mundo. Ou, vai que você tá mesmo certo, as coisas são assim mesmo, o amor invade pela boca enquanto a gente se olha e fica rindo.



quarta-feira, 4 de maio de 2011




"Explicar as coisas que eu sinto, é quase como explicar as cores para um cego
(Bob Marley)"